sexta-feira, 31 de maio de 2013

Gostinho de quero mais: O menino do Dedo Verde



Como quase tudo que escrevo começa com uma historinha, esse post não pudia ser diferente. Esse mês deu para ler bastante, mesmo com a mudança de lar, mas a fome de ler continuou a bater, olhei o meu quarto novo e a organização dos meu livros e pensei " Qual livro vou devorar de vez hoje?", isso mesmo não quis deixar para amanhã o que posso fazer agora. Olhei todos eles e esse titulo não me saiu da mente, revirei a história na minha cabeça, só conseguir lembrar pouquíssimas coisas, afinal tive que ler esse livro na escola com uns 7 ou 8 anos. Lembrei pouca coisa, por fim me rendi a ele.

Dessa vez não vou contar de forma resumida a história para deixar você com vontade de ler, eu vou compartilhar trechos do livro e frases para que assim eu possa contar a história para você. Eu sei que isso é um tanto novo pelo menos para mim e nos blogs que eu leio. Mas quando eu comecei a ler, eu não pude ver   nada mais perfeito para falar sobre este livro.

" Até oito anos, Tistu não soube o que era escola. Dona Mamãe, com efeito, tinha preferido começar em casa a instrução do filho, ensinando-lhe os rudimentos da leitura, da escrita e do cálculo."

" Mas que decepção! A escola produziu em Tistu um resultado imprevisível e lamentável"

" Presado Senhor, o seu filho não é como todo mundo. Não é possível  conservá-lo na escola"

" A vida, afinal, é a melhor escola que existe"- O Sr .Papai 

" Tistu pôs chapéu de palha para ir à aula de jardinagem. Era a primeira experiência do novo sistema. O Sr .Papai havia julgado melhor começar por aí. Uma lição de jardinagem, afinal de contas, é uma lição de terra, essa terra em que caminhamos, que produz os legumes que caminhamos, que os animais se alimentam, até ficarem bastante gordos para serem comidos..."

" Meu filho, ocorre com você uma coisa extraordinária, surpreendente! Você tem polegar verde..." - Sr Bigode (Jardineiro).

" O mais importante numa cidade é a ordem"- Sr. Trovões

" Eu já reparei, que quando meu pônei Ginástico, por exemplo, quando está bem alimentado, bem penteado,  e tem a crina trançada com papel de chocolate, se mostra muito mais contente do que quando está coberto de lama. E sei também que o jardineiro Bigode sorri para as árvores que estão bem podadas. A ordem não é isso?"

" Se essa cadeia não fosse tão feia, talvez eles tivessem menos vontade de fugir"

" Nem uma só janela da cadeia, nem uma só grade que não houvesse recebido sua ração de flores! As trepadeiras subiam, enroscavam-se, e caíam de novo; os cactos, na parte superior dos muros, substituíam por toda a volta as terríveis pontas de ferros."

" Pois fique sabendo que a surpresa, agitação e emoção dos botânicos nada foram em comparação com o deslumbre dos prisioneiros."

" Como já não viram grades em suas celas, nem arame farpado ou pontas de ferro sobre os muros, esqueceram-se de fugir. Os mais resmungões param de reclamar, tão entusiasmados estavam em contemplar o que os cercava; os maus perderam o costume de zangar-se e brigar. A madressilva que brotavam nas fechaduras impediam ás portas que fechassem, mas os próprios ex-prisioneiros recusaram-se a ir embora, tal o gosto que tomaram pela jardinagem."

" O Sr. Trovão lançou mão da sua mais forte  voz de trombeta para explicar a Tistu que as favelas ficavam nas margens da cidade"

" De acordo com seu discurso, a miséria deveria ser horrível galinha negra, de olhos ferozes, bico adunco, de assas tão grandes quando o mundo, chocando continuamente horrendos pintinhos."

" Mas no dia seguinte... Vocês já adivinharam"

" Seus habitantes resolveram, então, aproveitar as circunstâncias. Puseram uma borboleta bem à entrada e cobravam cinco cruzeiros. Apareceram assim vários empregos: de guia, de guarda, de fotógrafo e vendedor de cartão postal."

" Foi no hospital que Tistu ficou conhecendo a menina doente."

" Você recebe muitas visitas?"- Tistu

" Muitas. De manhã, antes do almoço a Irmã Termômetro. Depois vem o Dr. Milmales; ele é muito bonzinho, conversa comigo e me faz um agrado. À hora do almoço, chega a Irmã Pílula. Depois, com a merenda, entre a Irmã Injeção Que Dói. E, por fim, vem uma moça de branco, que acha que minhas pernas estão melhor. Amarra uma cordinha em cada uma para que possam mover-se.Todas eles dizem que vou sarar. Mas prefiro ficar olhado o teto, que não me prega mentiras."- A menina

"Aprendi, que a medicina não pode quase nada contra um coração muito triste. Aprendi que para a gente sarar é preciso ter vontade de viver. Doutor, será que não existe pílulas de esperança?"- Tistu.

" Mas o Dr. Milmales ficou mais espantado no dia seguinte, quando entrou no quarto da menina."

" De noite suas pernas começaram a mover-se. A vida era boa."

" A Câmara Municipal é como a criada de uma cidade. Deve cuidar da limpeza das calçadas, determinar os locais onde as crianças podem brincar, os mendigos pedir esmola e os ônibus recolherem-se durante a noite. Nada de desordem. Sobretudo isso: nada de desordem."

" Ali, sobre as acalmações da multidão em júbilo, inauguraram a nova tabuleta, onde se lia em letras douradas: MIRAFLORES."

" Ele imaginara o Jardim Zoológico como um lugar férrico onde os animais se apresentassem espontaneamente à administração dos visitantes, uma espécie de paraíso animal."

" Em vez disso, só encontrou no Jardim Zoológico velhas jaulas, onde leões sem pêlo dormiam tristemente diante das gamelas vazias, onde os tigres estavam fechados com os tigres , os macacos com os macacos."

" As feras, aquela semana, não comeram um só guarda."

" Tistu achou que a gerra seria a maior, a mas terrível desordem que há no mundo, pois cada um perde aquilo que mais estima."

" Para que os outros não o tenham. Querem esse petróleo porque petróleo é indispensável numa guerra. "- Sr. Troões.

" Afinal a gerra é uma espécie de tiririca que se arrasta pelo globo... Com que espécie de plantas poderíamos combatê-la?" - Tistu em pensamento.

" Então, pensou ele, a cada tiro de canhão, quatro Tistu sem casa, quatro Cárolo sem escada, quatro Amélias sem cozinha...Então é como essas máquinas que se perde o jardim, o país, a perna, ou alguém da família....Esta é a verdade!"

" Eis o que é a guerra! A gentes pede explicação, diz o que pensa. e zás, recebe uma bofetada."

" A aula de fábrica, vocês já previram, terminou nesse ponto. Tistu ganhou um duplo zero, o Sr. Trovões logo o comunicou ao Sr. Papai, que ficou muito desgostoso. Seu Tistu, que deveria lhe suceder e tornar-se o dono de Mirapólvora, demostrava realmente poucas disposições para dirigir tão bela empresa."

" Parece até que está tomando notas, observou o Sr. Papai. Queira Deus que ele não prenda o dedo, ao enfiá-lo assim nas metralhadoras. Ora, é um bom menino, que reconhece logo os seus erros..."

" A gerra não acontecera, e seu fracasso punha em questão a qualidade das armas fornecidas pela Fábrica de Mirapólvora, assim como a competência técnica do Sr. Papai, de sua oficina e de todo o pessoal."

" Nem um só aparelho fora poupado pela misteriosa invasão! Surgiram plantas por todo lado, plantas teimosas, ativas, como que dotadas de vontade própria."

" A paz foi imediatamente concluída entre os Voulás e os Vaitimboras. Os dois exércitos se retiraram, e o deserto cor de pastilha cor-de-rosa foi devolvido ao seu céu, à sua solidão e à sua liberdade."

" Eis como são as pessoas grades, dizia consigo mesmo. O Sr. Trovões me afirma que todo mundo era contra a guerra, mas que era um mal inevitável, contra o qual não se pode fazer coisa alguma. Eu acabo de impedir uma guerra. Eles deviam estar contentes, em vez de se zangarem!"


" Fui em quem semeei flores nos canhões!"

" O Sr. Papai tinha estacado num canto do salão e o Sr. Trovões no outro. Eles olhavam Tistu, mas parecia que não o estavam vendo. Seria o caso até de perguntar se tinham ouvido e compreendido."

" Saiu do salão com o rosto intacto, o que prova que a coragem é sempre recompensada."

" A prisão é dessas coisas que a gente encara tranquilamente para as pessoas que não conhecemos. Mas logo que se trate de um menino de quem a gente gosta, é tudo diferente."

" Nós vamos, transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores."- Sr. Papai

" É claro que Tistu já não fazia mistério a respeito do polegar verde. Ao contrário, falava-se muito disto, e Tistu se tornara um menino célebre, não só em Mirapólvora (perdão, Miraflores), mas no mundo inteiro."

"Bigode tornara-se o grande conselheiro das culturas. Tistu não cessava de aperfeiçoar sua arte. Agora , ele inventava flores."

" Quando acabava, ia brincar no jardim com a menina que havia sarado. Ginástico só comia do melhor trevo branco."

" Daí a algumas manhãs, uma notícia correu pela Casa-que-Brilha, deixando todo munto tristes. O jardineiro Bigode não despertara."

" Tistu teve a impressão de que o sol perdia o seu brilho, o prado se tornava escuro e o ar difícil de respirar. São os sinais de um incômodo que as pessoas grandes pensam que só elas sofrem, mas que as pessoinhas da idade de Tistu setem também, e que se chama desgosto."

" Você descobriu que a morte é o único mal contra o qual as flores nada podem...É por isso que os homens são muito tolos ao procurar se prejudicarem uns aos outros, como fazem constantemente."- Ginástico

" Se Bigode está mesmo lá em cima, como insistem em dizer, aproveitará esta escada para descer, nem que seja um pouquinho."- Tistu

" Tistu ia subindo no mesmo ritimo, leve e ligeiro."

" O vento se acalmara. Tudo o que fora barulho ou ruído se tornava silêncio. O Sol faiscava com um fogo gigantesco, mas sem queimar. A Terra não era mais que uma sombra, mais que nada."

" Tistu não percebeu logo que já não havia mais escada. Somente deu por isso quando verificou que perdera seus caros chinelos e tinha os pés descalços. Já não havia escada, e ele continuava a subir, sem dificuldade, sem fadigar. Uma grande asa branca o roçou."

" TISTU ERA UM ANJO"

 Espero que tenham gostado do livro, no minimo que tenham lido até o final

Bxus Beca.



Nenhum comentário:

Postar um comentário